A finitude da vida
Por um lado, aliviar a dor e o sofrimento de doentes e familiares. Por outro, resgatar a biografia de pacientes. Esse é o exercício diário de Ana Claudia Quintana Arantes, médica formada pela FMUSP e especialista em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium e Universidade de Oxford, além de pós graduada em Intervenções em Luto. Nesta TedTalk, com mais de 2,5 milhões de visualizações, ela conta porque a morte é um dia que vale a pena viver.
Na palestra, ela cita uma música de Chico Buarque, que vc pode acompanhar aqui.
Depois do grande sucesso da sua palestra, Ana Cláudia Quintana escreveu dois livros muito sensíveis, cujas informações estão abaixo:
Em A morte é um dia que vale a pena viver, Ana Claudia tem a coragem de lidar com um tema que é ainda um tabu. Em toda a sua vida profissional, a médica enfrentou dificuldades para ser compreendida, para convencer que o paciente merece atenção mesmo quando não há mais chances de cura. Após toda a luta, agora os Cuidados Paliativos têm status de política pública, recebendo do Estado a atenção que ela sempre sonhou.
Sobre a arte de ganhar existem muitas lições, mas e sobre a arte de perder? Ninguém quer falar a respeito disso, mas a verdade é que passamos muito tempo da nossa vida em grande sofrimento quando perdemos bens, pessoas, realidades, sonhos.
Saber perder é a arte de quem conseguiu viver plenamente o que ganhou um dia.
Em 2012, Ana Claudia Quintana Arantes deu uma palestra ao TED que rapidamente viralizou, ultrapassando a marca de 1,7 milhão de visualizações. A última fala do vídeo, “A morte é um dia que vale a pena viver”, se tornou o título do livro que, desde seu lançamento em 2016, vem conquistando um público cada vez maior.
Como médica paliativa, Ana Claudia Quintana Arantes cuida de pacientes terminais há mais de vinte anos, em contato íntimo com os momentos de maior vulnerabilidade do ser humano.
Uma das principais vozes na tentativa de quebrar o tabu sobre a morte no Brasil, ela nos traz uma coleção de emocionantes histórias reais colhidas em sua prática diária, em que a proximidade do fim nos revela em toda a nossa profundidade.
São pessoas de variadas idades, crenças e origens, que nos deixam de herança lições de vida. Você vai conhecer A.M. e R., que mostram, cada um à sua maneira, que a comunicação humana vai muito além do que imaginamos.
Vai se emocionar com M., que recebeu em vida o perdão incondicional pelos maus-tratos dispensados à filha. Vai torcer pelo morador de rua F. em sua tentativa de reencontrar a mãe para se despedir.
Ana Claudia exerce uma medicina que dá aos sentimentos e à história dos pacientes a mesma atenção que dedica aos sintomas e desconfortos físicos. Mas como será, no dia a dia, alcançar as camadas mais profundas das pessoas justo antes de elas partirem?
Com momentos tocantes, tensos e também divertidos, estas histórias nos relembram a importância das relações humanas e do respeito ao outro. O medo da morte é o medo do não vivido, mas nunca é tarde para se envolver com a própria história.
Li e gostei!
A medicina triunfou, transformou os perigos do parto, dos ferimentos e das doenças, antes atormentadores, em algo controlável. No entanto, no que diz respeito às inescapáveis realidades do envelhecimento e da morte, o que ela faz muitas vezes se contrapõe ao que deveria fazer. Quando falam sobre a perspectiva da morte, médicos recorrem a falsas esperanças e a tratamentos que encurtam a vida em vez de trazer conforto. Por meio de uma pesquisa reveladora e de histórias comoventes tanto de pacientes quanto da própria família, Gawande revela suas limitações. De maneira provocadora e honesta, Mortais reflete sobre o caminho que devemos percorrer para lidar sabiamente com a nossa própria finitude.

Aos 36 anos, Paul Kalanithi foi diagnosticado com um câncer incurável. Neurocirurgião brilhante, de repente se viu diante de uma cruel inversão de papéis: num dia era o médico tratando de pacientes com problemas graves, no outro era o paciente lutando pela própria sobrevivência.
O último sopro de vida narra a trajetória de Paul ao longo do tratamento – a descoberta da doença, a esperança de uma possível remissão, a incerteza quanto ao futuro, a decisão de se tornar pai, a consciência do fim, a angústia de se despedir da vida antes da hora.
Sua narrativa é honesta, pungente. Mas, ao mesmo tempo, poética e delicada. Amante da literatura e da filosofia, Paul desde sempre buscou entender a relação entre a vida e a morte, a identidade e a consciência, a ética e a virtude. Seus questionamentos profundos encontram eco em nossas próprias reflexões: afinal, o que faz a vida valer a pena?
Paul morreu em março de 2015. Deixou como legado uma filha de oito meses e o manuscrito inacabado deste livro. Quem escreveu as páginas finais e encaminhou o texto para publicação foi sua esposa, Lucy, atendendo ao último desejo do marido.
"Terminar de ler este livro e depois esquecê-lo é uma opção que não existe. Parte da força de O último sopro de vida vem do fato de que seu autor era um indivíduo notável. E parte vem da maneira genial como ele narra o que lhe aconteceu – esperando viver, aprendendo a morrer. Mas nada aqui é piegas. Nada é exagerado. Como ele mesmo disse, 'é apenas trágico o suficiente'. E também importante o bastante para ser imperdível. " – The New York Times
"Extraordinário. Emocionante. E essencialmente lindo. As memórias do jovem Dr. Kalanithi são a prova de que aqueles que estão morrendo são os que mais têm a nos ensinar sobre a vida." – Atul Gawande