Paciente de 45 anos previamente hígido e sem fatores de risco é admitido na sala de emergência com rebaixamento do nível de consciência há 24 horas. Familiares referem que o mesmo vinha apresentando quadro gripal e febre há aproximadamente uma semana, evoluiu durante este período com náuseas, vômitos, dor abdominal em quadrante superior direito, icterícia e queixou-se que a urina estava mais escura do que o normal. Nas ultimas 24 horas estava sonolento, despertando apenas a estímulos dolorosos e foi levado ao hospital devido ao rebaixamento do nível de consciência. Durante a anamnese, foi questionado aos familiares se o paciente usava alguma medicação e a esposa referiu que o mesmo estava em uso de Paracetamol (Acetaminofeno) de 3/3 horas há 5 dias devido à persistência do quadro gripal. O paciente foi encaminhado a unidade de terapia intensiva e realizadas as medidas de suporte, porém acabou falecendo 6 horas após a admissão hospitalar. Como a causa da morte não foi esclarecida o médico optou por encaminhar o corpo para necropsia.
O laudo da necropsia foi hepatite fulminante por uso excessivo de Acetaminofeno.