Banco de Dados Lâminas

Descrição clínica: Paciente feminino, 22 anos, relata ter notado a lesão há um mês e que a mesma sofre alterações volumétricas. Apresenta-se como um nódulo submucoso na região do lábio inferior, com coloração central esbranquiçada, mucosa adjacente normal, indolor, de consistência túrgida.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos revelam fragmento de mucosa revestido por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado, com áreas de retificação da camada basal. Na lâmina própria observa-se lesão cavitária revestida por tecido de granulação representado por numerosos vasos sanguíneos neoformados, fibroblastos jovens e infiltrado inflamatório mononuclear, com destaque para os macrófagos espumosos. A luz apresenta-se parcialmente preenchida por material eosinofílico amorfo interpretado como muco, permeado por células inflamatórias. Lóbulos de glândulas salivares menores no estroma, com discreto infiltrado inflamatório mononuclear no estroma e áreas de hemorragia completam o quadro histológico. 

Diagnóstico clínico: Paciente masculino, 44 anos. Estava em tratamento de lesão extensa na mandíbula de molar a molar desde 2001. Na primeira etapa foi feita a marsupialização e na segunda a enucleação. Houve recidiva após dois anos e foi feita uma nova cirurgia de enucleação. Os resultados das biópsias anteriores foram epitélio escamoso estratificado com edema subepitelial, em 17/01/2001, e Cisto dentígero, em 16/04/2003. A terceira cirurgia ocorreu em 11/08/2005, com recidiva em três lojas cirúrgicas com comunicação entre elas. 1º Maior no lado direito, 2º Menor no lado direito, 3º Envolvendo forame mentoniano com nervo causando aumento do volume. 4º Punção - líquido sanguinolento.

Diagnóstico microscópico:Os cortes histológicos do material descalcificado mostram fragmentos de tecido ósseo maduro lamelar, constituído por trabéculas espessas de contorno regular, circundando poucos espaços medulares contendo tecido conjuntivo frouxo. Notam-se também numerosos osteócitos viáveis no interior de lacunas e linhas basofílicas de aposição óssea. Fragmentos de cápsula cística revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratonizado com poucas camadas de espessura, exibindo superfície corrugada, por vezes deslocado da cápsula conjuntiva, com lâminas de queratina descamadas e áreas de hemorragia acompanham os fragmentos ósseos.

Descrição clínica: Paciente feminino, 47 anos. Realizou RX panorâmico para planejamento de cirurgia de implantes há 3 semanas. Em avaliação ao exame radiográfico constatou-se lesão radiolúcida  delimitada associada ao ápice radicular de raiz residual do dente 34. Paciente nega sintomatologia dolorosa. Clinicamente sem expansões ou abaulamentos ósseos.

Descrição histológica: Os cortes microscópicos revelam lesão cística, revestida parcialmente por epitélio estratificado pavimentoso, com poucas camadas em sua maior porção e perda de continuidade. A luz é preenchida parcialmente por extensa reação inflamatória do tipo corpo estranho a cristais de colesterol, rica em células gigantes multinucleadas e macrófagos. Também são vistos pigmentos de hemossiderina. Na cápsula, há discreto infiltrado inflamatório crônico e os feixes colágenos são permeados por pequenos vasos sanguíneos. Corpúsculos de Russel e esquírolas de tecido ósseo completam o quadro histológico.

Hiperplasia fibrosa

Carcinoma espinocelular grau III

Descrição clínica: Paciente masculino, 33 anos. Apresenta nódulo séssil localizado na gengiva do lado direito entre 43 e 44, lado vestibular com cerca de 1,5cm de diâmetro, superfície lisa, coloração um pouco mais avermelhada do que a mucosa adjacente, evolução de 2 anos e sem sensibilidade dolorosa.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos revelam fragmento de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado, com hiperplasia dos cones epiteliais, áreas de acantose e exocitose. Na lâmina própia, composta por tecido conjuntivo denso, observam-se feixes de fibras colágenas dispostos aleatoriamente e vasos sanguíneos, além de intenso infiltrado inflamtório mononuclear justa-epitelial e perivascular. Em profundidade notam-se algumas trabéculas ósseas imaturas, circundadas por osteoide.

Dados clínicos: Paciente feminino, 14 anos. Toda gengiva papilar superior e inferior, principalmente da região anterior, apresentava-se hiperplasiada. Havia alguns dentes mal posicionados na arcada. A coloração gengival apresentava-se normal, rósea, mas o aspecto era edemaciado.

Descrição microscópica: Os cortes de variados fragmentos de tecido gengival mostram tecido conjuntivo fibroso proliferado, com fibras dispostas de maneira irregular e infiltrado inflamatório difuso do tipo crônico. O epitélio que reveste esse tecido é do tipo pavimentoso estratificado e mostra sinais de hiperplasia e paraqueratose. Não foram observados sinais de malignidade nos cortes examinados.

Diagnóstico clínico: Paciente feminino, 45 anos. Apresentando hiperplasia na região de fundo de sulco da maxila e portadora de prótese total mal adaptada. Lesão lisa, brilhante de cor avermelhada. Apresenta porções divididas por fissuras.

Diagnóstico microscópico: Os cortes histológicos mostram uma lesão proliferativa não neoplásica, de caráter inflamatório, constituída por uma massa de tecido conjuntivo fibroso, intensamente vascularizado e com infiltrado de células inflamatórias mononucleares nas regiões perivasculares e subepiteliais. O epitélio de revestimento é do tipo pavimentoso estratificado paraqueratinizado com espongiose, edema intracelular e formação de algumas projeções epiteliais.

História clínica: Paciente com múltiplas lesões puntiformes com áreas necróticas. O tecido apresenta características fibrosas e envolve borda, ventre de língua e região retromolar.

Descrição macroscópica: Os cortes histológicos revelam malformação vascular linfática constituída por numerosos espaços vasculares de tamanhos e formatos irregulares, de parede delgada constituída por células endoteliais e com presença de válvulas, contendo em sua luz material róseo amorfo e/ou hemácias. A lesão pode ser observada desde a superfície até a profundidade do corte.

Dados clínicos: Paciente masculino, 28 anos, apresentando lesão de aspecto papular, séssil, medindo aproximadamente 0,5 cm de superfície lisa e regular, de coloração branco-acinzentada, localizada em superfície dorso-lateral da língua. É fibrosa à palpação; assintomática e com contornos nítidos de base. A lesão apresentou uma evolução de 4 meses, de aparecimento espontâneo e de curso clínico assintomático.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos revelam fragmentos de língua recobertos por epitélio pavimentoso estratificado hiperplásico que exibe hiperparaqueratose, degeneração hidrópica e hiperplasia da camada basal. Na lâmina própria e em região mais profunda observamos tecido conjuntivo fibroso, com formação de feixes de fibras colágenas espessos, que em algumas áreas, permeia grupos de fibras musculares fragmentadas ou atrofiadas. Acompanham este tecido conjuntivo vasos sanguíneos bem desenvolvidos e fibra nervosa.