Síndrome
de Waterhouse-Friderichsen
Paciente
do sexo feminino, 32 anos. Foi encaminhada de UBS ao pronto atendimento
hospitalar com hipótese diagnóstica de meningococcemia, após administração de antibiótico
naquela unidade. Início rápido de mal estar, vômitos, diarreia e febre, com aparecimento
recente de manchas escuras por todo o corpo. Nega demais comorbidades, internações
e cirurgias prévias. Estado geral regular, lúcida, taquipneica, desidratada, FC
146 bpm, FR 25 ipm , PA 89 x 47 mmHg, temperatura axilar 38, 2ºC, lesões purpúricas
disseminadas, sem sinais de irritação meníngea e demais alterações ao exame físico,
caracterizando quadro de choque séptico. Após medidas de ressuscitação volêmica,
corticoterapia e ceftriaxona EV, evoluiu sem melhora do quadro clínico, apresentando
rebaixamento do nível de consciência, pupilas mióticas, cianose, sinais de esforço
respiratório, hipotensão, taquicardia, crepitação em bases pulmonares, epistaxe,
petéquias conjuntivais, sangramento bucal, e fora transferida para UTI onde evoluiu
com quadro de anúria submetida à hemodiálise, hipóxia orgânica, síndrome de Waterhouse
- Friderichsen, coagulação intravascular disseminada e óbito no 6º dia de internação. A lâmina que você vê é da adrenal removida durante a necrópsia.