Paciente de 56 anos, masculino, casado, portador de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus em uso de insulina há 15 anos, evoluiu há um ano com quadro de insuficiência renal crônica e inicio de terapia com hemodiálise. Foi submetido, há quatro meses, a um transplante renal, tendo como doador um de seus filhos.
Em uma consulta de acompanhamento com o nefrologista que realizou o transplante, o paciente vinha se queixando de perda de apetite, náuseas, sonolência excessiva e dispnéia ao deitar (ortopnéia). Questionado pelo médico, o paciente referiu que estava urinando muito pouco (400 ml em 24 horas). Ao exame físico, o paciente apresentava edema de membros inferiores, bilateralmente, até o nível da região da coxa, turgência de jugular e, na ausculta pulmonar, apresentava ausência de murmúrio vesicular na base do hemitórax esquerdo, até o terço médio.
Diante do quadro clinico, o médico solicitou a sua internação de urgência. Exames laboratoriais evidenciaram elevação das escórias nitrogenadas e potássio muito acima dos limites da normalidade.
A Radiografia de tórax realizada na emergência é a que segue abaixo:
Fonte da imagem: http://www.pneumoimagem.com.br/imagens_pneumo_detalhe.asp?idcat=39&imagem=147#.V7DRB_krLIU
Descrição: Radiografia de tórax em posição antero posterior evidenciando derrame pleural a esquerda com opacificação do seio costofrênico esquerdo (seta amarela) desenhando uma curva com a forma de uma parábola com a concavidade voltada para cima - curva de Damoiseau (seta vermelha).
O paciente apresentou parada cardiorespiratória, evoluindo a óbito. A imagem da lâmina é referente ao corte histopatológico do rim transplantado. Este exame foi solicitado pelo médico legista a fim de definir a causa da morte do paciente.