Banco de Dados Lâminas

Diagnóstico clínico: Paciente feminina, 22 anos. Estava usando aparelho ortodôntico há 2 anos e agora no final da gravidez apresentou uma hiperplasia gengival localizada entre os dentes 25 e 26. O ortodontista fez uma gengivectomia na região e após uma semana a hiperplasia estava bem maior, com aspecto morulado, lesão flácida com alto grau de inflamação e sangramento profuso ao tocar a lesão. Foi feita a remoção deste tecido

Diagnóstico macroscópico: Os cortes histológicos mostram fragmentos de mucosa, exibindo lesão proliferativa na lâmina própria. A lesão é formada por tecido de granulação contendo numerosos vasos sanguíneos, células endoteliais e fibroblastos, permeados por discreto infiltrado inflamatório mononuclear difuso. A superfície é parcialmente revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado e apresenta extensa zona de ulceração, recoberta por exsudato fibrino-purulento.

História clínica: Paciente feminino, 24 anos. Apresenta lesão nodular na semimucosa de lábio inferior, paramedianamente à direita, de coloração azul-arroxeada, com mais ou menos 0,5cm no maior diâmetro, flácida à palpação e revestida por semimucosa íntegra. A paciente diz ter conhecimento da lesão há "muito tempo", sendo que nunca doeu ou sangrou.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos mostram fragmentos de semimucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado, com pigmentação melânica na camada basal. Na lâmina própria de tecido conjuntivo fibroso observam-se de vasos sanguíneos de luz ampla, congestos, e com delgada parede muscular. Discreto infiltrado inflamatório crônico e pigmento de hemossiderina completam o quadro histológico.

Descrição clínica: Paciente feminino, 31 anos, apresentando lesão nodular submucosa, de consistência borrachoide, superfície lisa, móvel, que se apresenta íntegra, lisa e brilhante, coloração semelhante a da região. A lesão é assintomática, com tempo de evolução 8 anos, medindo 1cm em seu maior diâmetro, na região da mucosa labial superior direita.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos revelam neoplasia benigna de glândula salivar representada pela proliferação de lençóis de células poligonais, formando numerosas estruturas ductiformes constituídos por dupla camada de células, por vezes exibindo material eosinofílico na porção luminal e múltiplas áreas com aspecto condroide. A lesão encontra-se totalmente delimitada por estreita faixa de tecido conjuntivo fibroso.

Diagnóstico microscópico: Os cortes histológicos mostram fragmento de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado atrófico com focos de exocitose e edema, emitindo prolongamentos afilados na lâmina própria em áreas de lobulação da mucosa. Observamos na lâmina própria lesão neoplásica benigna, exofítica, pediculada constituída por lóbulos de proliferação de tecido de origem vascular. Nestes lóbulos numerosas células endoteliais fusiformes ou ovaladas estão distribuídas em grupos sólidos, de aspecto organóide, orientadas em diversas direções e apresentando numerosas luzes capilares de permeio. A margem cirúrgica no pedículo do fragmento exibe a presença de alguns lóbulos da lesão.

Diagnóstico clínico: Paciente feminino, 20 anos. 

Diagnóstico microscópico: Os cortes histológicos revelam fragmentos de tecido conjuntivo exibindo lesão proliferativa benigna, caracterizada por grande quantidade de células gigantes multinucleadas com núcleos dispostos irregularmente no citoplasma, entremeadas por células mononucleares com citoplasma amplo e núcleos ovalados. Numerosos vasos sanguíneos, por vezes congestos, e focos de hemorragia intersticial estão presentes. Trabéculas de tecido ósseo, ora lamelar ora imaturo, com presença de osteoide e osteoblastos na periferia, são observados em meio á lesão completando o quadro histológico. 

Descrição clínica: Paciente masculino, 38 anos, apresenta lesão eritematosa, não dolorosa, mole à palpação, sem sangramento, tamanho 0,8 cm x 0,4 cm, pediculada, em gengiva na região do dente 11. O paciente notou a lesão há aproximadamente 1 mês.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos revelam fragmentos de mucosa parcialmente revestidos por epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado exibindo áreas de exocitose, espongiose e degeneração hidrópica, além de área ulcerada, recoberta por exsudato fibrinopurulento. Na lâmina própia, de tecido conjuntivo fibroso, notam-se diversos vasos sanguíneos de diferentes calibres por vezes congestos, infiltrado inflamatório mononuclear subepitelial, em algumas áreas intenso, em outras moderado, além de áreas de hemorragia e deposição de pigmentos de hemossiderina. Observa-se na profundidade lesão proliferativa benigna composta por lóbulos com células gigantes multinucleadas com células mononucleares de permeio, que são separados por septos de tecido conjuntivo fibroso. A lesão compromete o limite cirurgico inferior.

Diagnóstico clínico: Paciente feminino, jovem adulto. Procurou o ambulatório de CTBMF do HUT com queixa de aumento de volume em corpo direito de mandíbula e mobilidade dentária de múltiplos dentes. Ao exame físico notou-se lesão de consistência mole, de coloração amarronzada e friável. Foi realizada biópsia excisional através de curetagem e remoção dos dentes com mobilidade, envolvidos com a lesão.

Diagnóstico microscópico: Os cortes histológicos revelam diversos fragmentos conjuntivos contendo neoplasia odontogênica constituído de folículos e cordões de epitélio odontogênico em arranjo plexiforme, formando extensa massa tumoral com estroma fibroso. Alguns fragmentos mostram o tecido conjuntivo perifericamente em arranjo capsular de maneira que a neoplasia por vezes projeta-se para uma possível cavidade e, por vezes, infiltra e entremeia-se pelas fibras colágenas. Percebem-se dois padrões celulares, na periferia das ilhas e cordões são células colunares, com polarização reversa nuclear, organizadas em paliçada e com vacuolização do citoplasma. As zonas centrais lembram o retículo estriado do órgão do esmalte, onde células estrelárias dispõem-se frouxamente. Em alguns folículos há a presença de degeneração cística. O estroma da lesão é constituído de tecido conjuntivo fibroso com feixes de fibras colágenas entremeados por numerosos fibroblastos, com área focais de infiltrado inflamatório mononuclear discreto. Perifericamente á lesão, notam-se trabéculas de tecido ósseo maduro e áreas hemorrágicas, além de feixe nervosos calibroso cortado transversalmente. Observam-se fragmentos com epitélio de revestimento de mucosa, do tipo pavimentoso estratificado paraqueratinizado que, por vezes, se funde com cordões epiteliais da neoplasia. Algumas regiões superficiais estão ulceradas e recobertas por exsudato fibrino purulento. 

Descrição clínica: Paciente feminino, 23 anos. Apresenta nódulo amarelado submucoso de 1 cm de diâmetro, flácido e móvel à palpação, em mucosa do lábio inferior esquerdo, próximo a canino, com história de evolução de 3 anos. Paciente relata ter sofrido cirurgia para remoção de lesão no mesmo local há 10 anos, mas não sabe o diagnóstico.

Descrição microscópica: Os cortes histológicos revelam proliferação irregular de feixes nervosos formando enovelado envoltos por tecido conjuntivo fibroso, com  presença de poucas células inflamatórias mononucleares e poucos vasos sanguíneos. Os feixes nervosos são numerosos e exibem axônios envolvidos por bainha de mielina de aspecto homogêneo com presença de núcleos de células de Schwann de permeio.

Os cortes histológicos revelam fragmento de tecido mole apresentando na lâmina própria, de tecido conjuntivo fibroso, área de intensa inflamação crônica granulomatosa com granulomas ora bem delimitados, ora mal delimitados, áreas contendo espaços circunferenciais com imagens negativas, compatíveis com corpo estranho, e grande presença de células gigantes multinucleadas, muitas englobando particulas de corpo estranho. Áreas com focos hemorrágicos e feixes de fibras musculares esqueléticas completam histológico.

Paciente feminino, 53 anos, apresenta lesões nodulares múltiplas com tamanho variando de 2 a 4 cm de diâmetro, superfície irregular e consistência endurecida, encontradas na região de mucosa interna do lábio superior próximo a comissura. No transoperatório observaram-se áreas mais flácidas, áreas mais fibrosas e outras com consistência de cartilagem, além de filetes nervosos associados.  

Este caso clínico foi publicado, e você pode acessar a publicação aqui.

Descrição clínica: Masculino, 52 anos, dorso lingual. Lesão ulcerada em dorso lingual do lado direito, medindo aproximadamente 3 cm no seu maior diâmetro, não chegando a infiltrar os tecidos adjacentes. A lesão apareceu há cerca de 6 meses, tendo um crescimento lento.

Descrição histológica: Os cortes histológicos mostram fragmentos de mucosa revestidos por epitélio pavimentoso estratificado alternando áreas paraqueratinizadas e não queratinizadas, apresentando intensa proliferação, com aspecto pseudoepiteliomatoso, e ainda degeneração hidrópica, espongiose, exocitose e presença de microabscessos. Há áreas com perda do limite epitélio-conjuntivo com destruição da membrana basal causada pela reação inflamatória. Na lâmina própria, observa-se infiltrado inflamatório difuso, intenso e misto com formação de vários granulomas compactos e frouxos, mal-delimitados, pobres em células epitelioides, com grande quantidade de células gigantes, linfócitos, plasmócitos e alguns eosinófilos. Há várias áreas de supuração dentro dos granulomas e em outras regiões da lâmina própria. São observadas numerosas estruturas leveduriformes fúngicas PAS positivas, de parede dupla, porção central eosinofílica, de tamanhos variados, alguns com tamanho comparável ao dos macrófagos e outros menores. Esses fungos aparecem tanto dentro dos granulomas, soltos ou fagocitados por células gigantes, como fora destes. No corte corado pelo PAS, são vistos aglomerados de hifas e esporos PAS positivos em meio à queratina. Na profundidade do tecido observa-se fibrose e tecido muscular com infiltrado inflamatório.

Paciente masculino, 52 anos. Apresenta lesão ulcerada no dorso lingual do lado direito, medindo aproximadamente 3 cm no seu diâmetro, não chegando a infiltrar os tecidos adjacentes. A lesão apareceu há cerca de 6 meses, tendo um crescimento lento. Foi feita uma biópsia incisional, e a imagem histológica é a que você vê.

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